O fim do Marketing em Escala (tal como o conheces)
Se me acompanhas há algum tempo, já sabes uma coisa sobre mim:
gosto de partilhar o que faço, o que estudo e o que aprendo - enquanto estou a aprender.
Sempre foi assim.
Ao longo dos anos, algumas pessoas viram-me como especialista em social media.
Outras, como alguém focada em comunidades.
Outras ainda, em processos, liderança ou crescimento de equipas.
Tudo isso é verdade.
Não porque eu tenha seguido um plano perfeito, mas porque sou, assumidamente, uma estudiosa e generalista.
Leio, testo, erro, observo.
E quando algo começa a fazer sentido, partilho.
Em 2023, lancei o Marketing em Escala muito alinhado com a fase que eu própria estava a viver.
Era um projeto mais próximo, mais pessoal, muito ligado à minha mentoria, à reflexão e à partilha do “como eu penso” sobre marketing, negócios e liderança.
E funcionou.
Para mim - e para muitas pessoas desse lado.
Mas os projetos, tal como as pessoas, evoluem.
E quando não evoluem, estagnam.
O que mudou (e porque é que isto importa)
No início deste mês, partilhei publicamente uma decisão importante:
a minha saída da Swonkie e da Brinfer, e a venda da marca Social Ninjas.
Não foi uma decisão impulsiva.
Foi estratégica.
E, acima de tudo, necessária.
Durante muito tempo, o meu trabalho esteve naturalmente associado a serviços, SaaS e marcas específicas.
Hoje, isso já não reflete o impacto que quero ter, nem o tipo de trabalho que faço melhor.
Esse movimento obrigou-me a fazer algo que muitos negócios evitam:
parar, olhar para o todo e reposicionar-me com honestidade.
E foi aí que ficou claro que o Marketing em Escala, tal como existia, já não era suficiente.
O padrão que se repete
Depois de trabalhar com fundadores, equipas internas, freelancers e líderes de marketing, há uma conclusão que aparece vezes sem conta:
A maioria dos negócios não falha por falta de conteúdo, criatividade ou ferramentas.
Falha por falta de direção.
Há atividade a mais.
Decisão a menos.
Há publicações, campanhas, reuniões e relatórios.
Mas não há um plano claro que ligue marketing a crescimento real.
E sem direção, qualquer esforço acaba por se transformar em improviso bem-intencionado.
Durante anos, fomos ensinados a pensar marketing como comunicação, campanhas ou canais.
Eu penso de outra forma:
marketing é receita.
E quando marketing não está ligado a receita, torna-se apenas atividade - por mais bem executada que seja.
O que passa a ser o Marketing em Escala
O Marketing em Escala deixa de ser um projeto de conteúdos.
Deixa de ser apenas um espaço de reflexão.
E não é, de todo, uma agência.
O Marketing em Escala passa a ser uma forma de estruturar crescimento.
O meu trabalho passa a focar-se em ajudar empresas a construir:
– um plano de receita claro
– uma estratégia de marca com direção
– e um sistema coerente de aquisição, redes sociais e comunidades
Tudo ligado.
Tudo pensado em conjunto.
Para crescerem com intenção e não por reação.
Como isso se traduz no meu trabalho
Este reposicionamento assenta em três pilares muito claros:
Formação
Ajudar equipas, freelancers e empreendedores a compreender como o crescimento realmente acontece.
Marca, conteúdo, comunidades, aquisição e retenção: não como silos, mas como sistema.
A formação não serve para saber mais.
Serve para criar clareza, confiança e uma linguagem comum dentro da equipa.
Consultoria e Mentoria
Trabalho diretamente com fundadores e equipas para definir prioridades, transformar ruído em direção e desenhar estratégias que o negócio consiga realmente executar.
Não se trata de fazer mais.
Trata-se de fazer o que importa, na ordem certa.
Implementação
Quando faz sentido, ajudo também a pôr a estratégia em prática.
Processos, sistemas, reporting e ritmos de comunicação que tornam o crescimento previsível - e não dependente de esforço heróico.
O que muda nesta newsletter
Esta newsletter deixa de ser apenas um espaço de partilha e reflexão.
Passa a ser um dos canais centrais do Marketing em Escala.
Vai ser mais profunda.
Mais estrutural.
Mais focada em arquitetura de receita e de marca.
Menos “o que está a acontecer”.
Mais “como pensar melhor”.
Menos tática solta.
Mais direção.
Se procuras atalhos, hacks ou tendências rápidas, esta newsletter pode deixar de ser para ti.
Mas se procuras clareza, estrutura e decisões melhores, estás no sítio certo.
As empresas não precisam de mais publicações ou anúncios.
Precisam de estrutura, direção e um plano que ligue marketing a receita.
Este texto fecha uma fase.
A próxima começa com mais intenção, mais foco. E menos ruído.
Obrigada por estares desse lado.
— Helena

